O interessante de vivermos num mundo de escolhas (cada vez mais) é a noção de liberdade que essa ideia nos transmite. Ao mesmo tempo, é por vezes esta multiplicidade de caminhos que nos prende. A escolha significa que nos impliquemos num processo de ganhos e perdas, de cedências e prioridades. Ao mesmo tempo que nos abre um leque de possibilidades, também esse espaço pode ser assoberbante.
O desafio de escolher ser/fazer aquilo que precisamos a cada momento exige talvez um contacto mais próximo de nós próprios. Como é que no meio de um mundo de possibilidades também me posso perder de mim? E como é que me posso encontrar naquelas que são as minhas necessidades e vontades, sabendo que a escolha de qualquer caminho significa a não escolha de outros. Mas sobretudo, também significa que todos os caminhos podem ser vividos de diferentes formas, que não têm que ser estanques nem definitivos.
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